Recentemente participei de um projeto de inovação no qual fiquei reunido em uma sala virtual através de uma ferramenta de colaboração. Foram 8 horas exaustivas, com alguns intervalos para descanso, sentado olhando para a tela do monitor e interagindo com outros colegas da área de inovação. Ao final do dia, sentimos que por mais que estivéssemos juntos naquele ambiente virtualmente o processo de inovação não é o mesmo que no presencial.
Uma pesquisa do MIT batizada The Future of Workplace Learning – A Survey, apresenta resultados que apesar dos esforços das equipes de trabalho para alcançar inovações revolucionárias, resolver problemas complexos, construir cultura e gerenciar conflitos ainda são realizados de forma muito mais eficaz pessoalmente, dadas as limitações atuais da tecnologia.
Modificado do modelo de Ekvall (1996)
Essa pesquisa me faz lembrar do Modelo proposto por Ekvall, onde um ambiente criativo está relacionado com as atitudes para o trabalho e com a atmosfera de trabalho e como ambas são importantes para o desenvolvimento de uma organização, cultura e inovação e ao modelo proposto por Amabile em 1997 onde o ambiente de trabalho impacta diretamente na criatividade, desenvolvimento de talentos, habilidades e experiência.
Teoria da Criatividade Organizacional – Amabile (1997)
Os líderes das organizações deverão estar atento ao dois ambientes – virtual e presencial, em um mundo pós pandemia de Covid-19, conforme estudo do MIT:
No ambiente Virtual a função de um líder orquestrador mostra ser essencial para a gestão e estabelecimento de metas, planejamentos mais simples, tomada de decisões, coordenação do trabalho e acompanhamento do progresso do seu time, sempre mantendo a conexão, confiança e envolvimento com os membros da equipe.
No ambiente Presencial o estímulo a colaboração, criatividade e inovação cria uma cultura compartilhada promovendo a dedicação. Para alcançar essa meta os líderes deverão construir uma confiança e criar um ambiente seguro, isso facilitará a comunicação, a criatividade, colaboração e a busca por uma solução.
O mundo pós pandemia ainda vai nos ensinar muitas coisas novas. Seguimos em frente pensando na inovação e na sua gestão.
Sobre o Autor
Alexandre Bastos é mestrando em Administração de Empresas na linha de pesquisa em Tecnologia da Informação, Gestão e Inovação na FGV, pós-graduado em Gestão da Inovação e Direito Digital pela FIA, pós-graduado em International Business pela BSP, MBA Executivo e pós-graduado em Gestão de Projetos pela Escola de Negócios do IMT, graduado em Sistemas de Informação na FIAP. Atualmente trabalha com inovação e consultoria para empresas nacionais e internacionais através da Oonder Tecnologia, além de se dedicar a novos negócios digitais e investimentos.